Grego bíblico
Grego e Bíblia?
A relação direta da língua grega com a Bíblia começa com a tradução da תּוֹרָה (Tōrā), do hebraico, no século III a.C., e dos demais textos da Bíblia hebraica (o Antigo testamento da Bíblia cristã) no século seguinte, no que ficou conhecido como Septuaginta. Essa tradução se deu a partir de uma forma suprarregional do idioma da época: a língua grega koiné (“comum”), então especialmente influente na região mediterrânea e do Oriente médio. A partir de então, com a herança helênica da grande mobilização de Alexandre, o Grande (356–323 a.C.), assentada política e culturalmente na região da Palestina, passou-se a difundir amplamente as versões gregas das Escrituras, fazendo desse idioma a língua escrita prevalente no período do Segundo Templo na história judaica, quando a língua falada eram variantes do aramaico e o conhecimento da língua hebraica se tornava cada vez mais especializado. Isto favoreceu que, no século I d.C., os textos do Novo Testamento que compõem a Bíblia cristã fossem escritos em grego, com diversas das citações do Antigo Testamento dando-se diretamente a partir da Septuaginta. Mesmo depois, com a tradição dos chamados Padres apostólicos e a Patrística grega, o corpus cristão em língua grega foi ampliado e o idioma prevaleceu na cristandade por toda a Antiguidade tardia.
A cisão do Império Romano com Constantinopla e a sua queda romperam com essa tradição no Ocidente, que logo encontrou na língua latina a sua expressão mais oportuna. Mas todo o Oriente cristão ortodoxo manteve a chama da língua grega acesa, o que influenciaria eruditos ocidentais em intercâmbio com essa cultura, como o padre Erasmo de Roterdã (1466–1536).
Hoje, cresce cada vez mais a comunidade de leitores da Bíblia dedicados ao estudo dos seus livros e da sua recepção ao longo da história com o conhecimento da língua grega. De fato, é simplesmente impossível acessar certos sentidos e nuances desses textos sem conhecê-los no idioma em que foram escritos e transmitidos.
O curso
Desde 2013, sou professor e tradutor do material didático de grego bíblico em português do eTeacher, uma plataforma de educação à distância especializada em cursos de idiomas sediada na cidade de Ramat Gan, Israel, cujos módulos de grego bíblico, desde a criação do Israel Institute of Biblical Studies, são certificados academicamente pela Universidade Hebraica de Jerusalém.
Cada módulo desse curso acontece ao longo de oito meses, com aulas semanais transmitidas ao vivo e acompanhamento individualizado aos alunos. Turmas são abertas quatro vezes ao ano, mas aulas particulares também podem ser agendadas para o cumprimento do mesmo currículo.
Diferentemente de muitos métodos de línguas antigas, os rudimentos do idioma são apresentados por textos originais e sem adaptação desde a primeira aula. Além do conteúdo gramatical, a autora do método — a Prof.ª Judith Green, da Universidade Hebraica de Jerusalém — incorporou uma série de estudos que enriquecem a discussão dos textos, que compreendem a Septuaginta, o Novo Testamento grego e, excepcionalmente, passagens do historiador Flávio Josefo (37–100).
Para mais informações, acesse aqui e, se necessário, não tema conversar por telefone com um consultor, que falará português e será muito simpático e solícito.